Fretes marítimos: alta não impede bons resultados

Mesmo com a crise e aumento de valores, setores continuam crescendo

2020 foi um ano atípico que provocou uma série de mudanças em praticamente todos os setores da economia. O isolamento social e as restrições para comércios e escritórios causaram uma abrupta mudança na rotina de fábricas do mundo inteiro. Com o setor de logística não foi diferente. Os novos hábitos associados à escassez de containers disponíveis fez com que o mercado de cargas internacionais, que é a espinha dorsal do comércio global, visse o preço dos fretes marítimos disparar absurdamente.

 

Com as empresas retomando seu funcionamento meses depois, a disputa por um espaço em navios se intensificou. Isso fez os preços dos fretes saírem de uma média de U$ 500 para quase U$ 7 mil já em julho, um valor nunca visto antes. Além disso, os prazos de embarque também sofreram alterações por conta de novas regras e recomendações. Esses dois fatores impactaram importadores e exportadores ao redor do mundo.

Novas soluções para novos desafios

O chamado “novo normal” fez com que empresas tivessem que encontrar diferentes saídas para contornar a alta dos valores do frete. Assim, operadores logísticos do mundo inteiro têm se movimentado para atender seus clientes e pedidos de forma a minimizar os impactos negativos. A Vendemmia, por exemplo, também não conseguiu fugir dos preços altos dos fretes cobrados pelos embarcadores, mas encontrou formas para que os seus contratos junto aos armadores sejam cumpridos e, mais do que isso, com bons resultados.

Para Rafael Puglia, sócio-fundador da Vendemmia, os 25 anos de logística e uma equipe talentosa foram fundamentais para encontrar soluções a esses problemas atípicos. “Além da grande experiência de mercado, temos contratos com alguns dos maiores agentes de carga do mundo e um volume constante de transporte histórico com uma alta demanda, o que viabiliza os espaços para os nossos clientes. Isso nos favorece muito, pois nos dá garantia que nossos clientes seriam contemplados e teriam espaço nos navios. Durante toda essa crise, não deixamos de embarcar ninguém”, explica.

Ainda assim, os altos preços devem continuar no primeiro trimestre de 2021. Puglia acredita que a situação deve começar a normalizar só em março, quando os preços tendem a cair de forma lenta e gradual, após o Ano Novo Chinês. “Porém, já estamos nos movimentando junto a clientes e conversando para buscar soluções que não nos deixem tão dependentes da utilização dos containers tradicionais (20’e 40’ pés). Dessa forma, podemos, por exemplo, usar o transporte de containers Reefer”, adianta Puglia.

Crescimento não parou

Soluções encontradas por empresas como a Vendemmia tornaram possível que a situação delicada impactasse menos a economia do que seria esperado. A crise gerada pela conjuntura formada por alta do dólar, aumento dos fretes, escassez de containers e pandemia causaram efeitos em todos os segmentos, mas em alguns, com menor valor agregado, com certeza o impacto foi maior. Ainda assim, Puglia avalia que apenas alguns poucos setores onde atuam foram afetados de maneira mais drástica. “A maioria conseguiu alcançar bons números no cenário nebuloso de 2020”, informa.

Esses resultados trazem ânimo para enfrentar 2021 com menos incertezas. A expectativa de diminuição das restrições de locomoção e uma volta gradual do ritmo padrão das operações tendem a deixar os próximos meses menos caóticos. Ainda assim, soluções novas podem ser implantadas caso sejam necessárias. De uma forma ou de outra, a expectativa é que a maioria dos setores continue tendo bons números.


Em nosso próximo webinar, no dia 10 de março às 19h, vamos debater esse tema com grandes especialistas do mercado. Estarão conosco Laurent Van Der Voo, da MSC, e Rodrigo Gomes, da Portonave, para discutir o cenário da logística do comércio internacional. Inscreva-se neste link!


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