A alta do combustível e o impacto na cadeia logística

O efeito da alta dos combustíveis relaciona-se diretamente com o preço final de qualquer mercadoria ou serviço

Sobretudo nos últimos tempos, os constantes reajustes dos preços de combustível têm impactado não só os motoristas de carros, como toda a população de alguma forma. E com a cadeia logística também não é diferente. O efeito da alta dos combustíveis relaciona-se diretamente com o preço final de qualquer mercadoria ou serviço, até porque a cadeia de distribuição depende do transporte rodoviário. 

O Brasil é fortemente movimentado pela malha rodoviária, logo, quando há um aumento no combustível, sobretudo o diesel, ocorre o efeito cascata para todos os envolvidos na cadeia logística, haja vista que referido aumento reflete nos chamados custos variáveis, considerando que a produtividade operacional na formação do custo de uma rota envolve, dentre outros fatores, o rendimento do consumo de combustível. 

A parcela do custo do combustível de um caminhão de cargas, por exemplo, é definida como a razão entre o preço do óleo diesel (Reais por litro) e o rendimento do consumo de combustível (quilômetros por litro) ponderado pela distância percorrida (quilômetros). Nesse sentido, as sucessivas variações de preços do combustível trazem flutuações imediatas aos custos dos prestadores de serviços de transporte, bem como dos embarcadores (demandantes dos serviços de transporte).

Infere-se, daí, que os reajustes dos preços do combustível trazem impactos sistêmicos para toda a cadeia logística, considerando-se que seu repasse se dá de forma automática e em diferentes níveis, sendo certo que os contratos de transporte já estabelecem cláusulas de reajustes conforme as alterações nos preços de combustível e pedágio. Portanto, acaba sendo inevitável o encarecimento da estrutura brasileira de custo. 

No mais, referida medida contribui com o aumento da inflação (considerando que o repasse sempre acaba chegando ao bolso do consumidor final), inclusive porque, além da escalada nos preços dos combustíveis, as empresas também enfrentam o aumento de custo sobre outros insumos. Sem contar, ainda, que o setor de transporte de fretes e carga está ligado diretamente ao PIB (Produto Interno Bruto) do país, pois a oferta por serviço depende da produção e consumo de outros setores da economia. 

Assim, por qualquer ângulo que se analise, ante a dificuldade de se absorver e/ou de se repassar tais aumentos, referidas medidas não só aumentam o custo logístico, como afetam a competitividade econômica do setor como um todo.

Por isso, os profissionais de logística, assim como toda a população, uma vez que o setor de transporte é fortemente impactado pela alta do combustível, observam os fortes impactos no dia a dia e precisam atuar de forma estratégica, já que, conforme dito, o aumento de custos tende a refletir em aumento de preços, sobretudo:

  • No aumento do custo de frete do principal modal de transportes (rodoviário) e, em decorrência, no achatamento das margens das transportadoras e motoristas autônomos ou no repasse para o frete que irá gerar aumento no preço final do produto;
  • No aumento de custo das matérias primas (decorrentes dos possíveis aumentos nos custos de frete), o que certamente demanda um maior potencial de negociação por parte dos times de compras das empresas, uma vez que têm seus orçamentos estabelecidos e, dessa forma, precisam cumpri-los e/ou ter justificativas bem fundamentadas para sustentar os possíveis aumentos.

Dessa forma, visto que o amento do combustível impacta toda a cadeia produtiva – sobretudo nesses momentos de alta e sucessivos reajustes dos preços do combustível – contar com especialistas preparados e versáteis para buscar soluções alternativas não é apenas uma necessidade, é praticamente uma questão de sobrevivência.

A Vendemmia, por exemplo, oferece uma consultoria especializada apta a oferecer soluções estratégicas que visem otimizar despesas e, assim, proporcionar melhores oportunidades de negócios e resultados, bem como, amenizar os custos nas operações logísticas.

Leia mais assuntos:

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Últimas notícias